Como Melhorar a Relação ProfessorXAluno
“Eles (os professores) conseguem mudar o mundo
a partir de suas salas de aula, não porque
nasceram com poderes especiais, mas porque dominam
os detalhes da arte. Estavam determinados
a se tornarem artesãos e, com tempo e prática,
agora são artistas.”
Doug Lemov
O PROFESSOR É O MESTRE DA SALA! Essa é uma frase que gosto de levar sempre para reflexão. Apesar de estarmos cada vez mais distantes da relação interpessoal, quem tem a condição de fazer da sua sala de aula um exemplo de aprendizagem, e diga-se aprendizagem no sentido de incentivar as crianças a serem questionadores, conhecedores, curiosos e admiradores do conhecimento é quem está conduzindo a aula, o Professor ou a Professora.
É um desafio gigantesco, reconheço e essa figura tão amada pelas crianças está entre o prazer e a cobrança de ensinar. O prazer de ter escolhido essa profissão e ao mesmo tempo e cada vez maior, a cobrança de resultados.
Não tenho dúvida do conhecimento teórico que vocês têm, do conhecimento que está nos livros e que o discurso não esquece de como deve ser a relação do professor com seus alunos, mas esse conhecimento desaparece quando nos deparamos com uma dificuldade. E não se trata de uma dificuldade cognitiva, de aprendizagem, se trata de uma dificuldade que reflete conteúdos difíceis de serem acessados ou vivenciados. E isso é perfeitamente normal, somos seres humanos que temos nossas dores internas e que muitas vezes são trazidas à tona perante a dificuldade de nossos alunos.
E como melhorar isso? Não temos responsabilidade com as mudanças que a vida está nos mostrando, mas podemos sim melhorar a qualidade da nossa relação e simplificar o dia a dia na sala de aula. Vou trazer agora alguns pontos que são fundamentais para o sucesso da relação entre o professor e seus alunos.
ACEITAÇÃO
Ser aceito é um dos maiores desejos do ser humano. Aceitar é reconhecer e encontrar a criança em você. Quando desejamos resultados paramos de olhar o indivíduo e passamos a olhar a linha de chegada, não aceitamos o que o aluno está preparado e pronto para nos oferecer.
NÃO JULGAR
Normalmente as ações de uma criança vêm seguida de um julgamento do adulto. Fazer a criança refletir sobre suas atitudes inserindo o outro (ou outra coisa) como peça fundamental para seu crescimento facilitará a reflexão sobre seus atos.
FOCO NAS ATITUDES POSITIVAS
Ninguém é de todo o mau e nem de todo o bom. Começar a relação encontrando atitudes positivas da criança reconhece sua capacidade de ser capaz. A criança vai querer ser elogiada e reconhecida e entrará numa espiral crescente de coisas boas.
CRIATIVIDADE / INOVAÇÃO
Aqui está o segredo para encontrar soluções. Na realidade dos dias de hoje ser criativo e inovador pode ser transformador. Uma das maiores fontes de inspiração que os ajudarão com muita criatividade são as próprias crianças. Arte, é uma forma de trabalhar a diversidade.
COMUNICAÇÃO
Nós somos comunicadores. Nos comunicamos por meio de nossa linguagem e de nossas emoções. A comunicação efetiva é aquela que chega no íntimo, é o lugar onde você encontra seu aluno e ele encontra você. Quando isso acontece a relação se estabelece e você fará milagres.
O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
O bom desenvolvimento de seu aluno depende de você. Buscando tornar o objeto do conhecimento instigador, respeitando as individualidades, é de sua responsabilidade fazê-lo aprender, e isso não quer dizer aprender igual a todos, quer dizer simplesmente sair de um estado de conhecimento e ir para outro. Dificilmente você consegue isso sem que ame o que faz, ou sem que ame seus alunos.
DISPONIBILIDADE
Qual o papel do educador nessas atividades? Um pouco de imaginação, para poder seguir e orientar a imaginação, muito maior das crianças. Muita disponibilidade e uma ausência de ideias pré-concebidas. Uma paciência serena. Saber esperar.
Compreender a criança, o que ela procura fazer e ajudá-la a tomar consciência disso. Ajudá-la também a aprofundar sua busca, propondo-lhe modificações a partir da situação criada. Talvez propor pesquisas, mas certamente não as impor, pois toda pesquisa articula-se necessariamente ao desejo.
Invente, faça algo diferente que motive seus alunos;
Encontre um momento para brincar com seus alunos. O brincar é transformador;
Crie algo que envolva o interesse deles, que eles sejam o protagonista de sua aprendizagem;
Desenvolva um projeto em sua sala com base nas dificuldades que o grupo apresenta. Peça ajuda a eles;
Problematize sua prática, tenha dúvidas, faça perguntas, olhe para dentro de si.
Ao adotar essas estratégias, os professores podem melhorar significativamente a qualidade de sua relação com os alunos e simplificar o ambiente de aprendizagem, contribuindo para o sucesso acadêmico e emocional de todos os envolvidos.
Para os professores interessados em aprimorar ainda mais a relação interpessoal na sala de aula através do brincar espontâneo, sugerimos o trabalho de psicomotricidade relacional. Essa abordagem comportamental visa fortalecer os laços interpessoais por meio de atividades lúdicas, promovendo o desenvolvimento integral de si.
Caso esteja interessado ou interessada em saber mais de nossa vivência de psicomotricidade relacional com os professores de sua escola, termos prazer em explicar.
Que tal marcarmos um horário?
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